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ADVOCACIA ESTRATÉGICA

Fazendo as coisas do jeito certo

Cursamos 5 anos de Direito. Andamos com o Vade Mecum pra cima e pra baixo. Aprendemos sobre diversas matérias do Direito, mas, infelizmente não aprendemos como Advogar, na verdade aprendemos a peticionar.

O fato é que nos formamos, passamos na prova da OAB e não temos a mínima ideia do que fazer dali em diante e talvez por isso o sonho de tantos seja o concurso público.

Não sabemos como começar, que impostos devemos pagar, não sabemos se chamamos alguém para ser nosso sócio ou se advogamos sozinhos. Não sabemos qual área iremos atuar e nem de que forma atender nosso cliente – isto é, quando temos um cliente.

Sabemos contar os prazos, mas não sabemos geri-los. Gestão do escritório, marketing, networking, parcerias, financeiro, delegar, isso tudo nos parece muito distante e coisa de “escritório grande”. Acontece que pra crescer, é preciso ser estratégico e organizado. A casa precisa estar em ordem.

Então, é preciso começar do início.

Pensar em uma carreira de forma estratégica e transformar a advocacia em um negócio é rentável, é tarefa complexa e impossível de resumir em um único artigo, até porque, não há fórmula mágica, mas sim, há caminhos para se chegar ao objetivo de forma mais rápida e menos dolorosa.

Assim, decidi dividir alguns passos importantes nessa jornada não necessariamente de início de carreira, mas de início de uma advocacia pensada e não “tudo o que vier a gente faz”.

1- Descubra seu propósito, tenha clareza do que você gosta de fazer e escolha no máximo duas áreas de atuação. Quanto mais especialista melhor. Generalistas não são valorizados no mercado. Calma! Eu sei que os boletos não querem saber qual nossa especialidade. Se voce se sentir confortável, faça outras áreas, mas se posicione como um especialista sempre.

2- Estabeleça parcerias estratégicas com profissionais advogados de diversas áreas de atuação para oferecer indicações confiáveis e completas aos seus clientes. Essa prática não apenas amplia suas oportunidades de negócio, mas também fortalece sua reputação. É crucial conhecer bem os profissionais com quem você se associa, garantindo que suas recomendações sejam valorizadas e respeitadas.

3-Valorize o seu trabalho oferecendo mais do que o básico. Seja conhecido pelo suporte atencioso e por uma estrutura confortável. Ao oferecer uma gama de serviços que inclui tanto opções tradicionais quanto premium, você atrai a atenção e o comprometimento dos clientes. Essa abordagem pode ser crucial na hora de decidirem por você em vez do colega do escritório ao lado.

4- Invista em networking estratégico. Esteja presente nos ambientes relevantes para sua área. A máxima “quem não é visto, não é lembrado” é crucial: sua presença deve ser estratégica, tanto fisicamente quanto digitalmente. Torne-se memorável para que, quando precisarem de serviços jurídicos, as pessoas automaticamente pensem em você.

5- Organize-se e planeje. Como disse Benjamin Franklin, “se você falha em planejar, está planejando falhar”. Faça uma gestão inteligente das suas demandas, prazos, comunicação com o cliente, condução dos processos e acompanhamento. Agir sem planejamento pode levar a resultados medíocres e uma vida dominada pelo apagar de incêndios, o que não é saudável nem sustentável a longo prazo.

Você escolheu uma profissão desafiadora e compleza, mas saiba que seguindo esses passos, ela tende a fluir e se tornar muito rentável e gratificante. Se sua experiência não tem sido assim, talvez esteja seguindo o caminho errado. Não há culpa nisso; não aprendemos essas habilidades na faculdade. Se precisar de ajuda para ajustar o curso e alcançar seu potencial pleno, estou aqui para ajudar. Não hesite em entrar em contato.

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PRECIFICAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

PRECIFICAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Se tem uma coisa que é difícil é cobrar, né?

Precificar é sempre muito pra quem paga e pouco pra quem recebe.

Mas de que forma seria justa essa relação? Afinal, advogar é um trabalho complexo e requer muito estudo e muita responsabilidade.

1- Conheça a tabela da OAB do Estado que você está advogando (elas mudam de acordo com a realidade de cada região). A tabela da OAB é o pilar de base inicial que o advogado tem para precificar o seu trabalho.

2- Conheça o mercado. De nada adianta você querer cobrar 5x se o mercado tem praticado o valor x. Claro que existe essa possibilidade, mas primeiro, você precisa construir uma autoridade e um diferencial perante a concorrência, para que a clientela entenda o valor do serviço e porque o valor dele é diferenciado.

3- Tenha ciência do seu custo mensal. Não adianta você praticar um certo valor se ele não pagar sua operação. Não esqueça que processos judiciais se estendem por anos a fio e esse custo permanecerá em seu escritório. Não pague pra trabalhar.

4- Entenda a complexidade da causa . O quanto você vai envidar esforços para resolver este caso? Terá que comparecer em repartições públicas, audiências, ligações para tentativas de acordo, negociação? Qual a previsão de durabilidade desta ação? Quantas vezes este cliente será atendido? Quanto mais complexa a causa, maior o custo e claro, o cliente precisa entender essa complexidade para fechar o serviço. Entenda uma coisa: Não vale a pena fechar um contrato de honorários que não paga o seu incómodo. Pois uma coisa é certa: você é advogado(a), você vai se incomodar.(Você vai lembrar de mim quando isso acontecer,porque por algum motivo, você vai esquecer disso na hora de cobrar).

5- Valorize o seu trabalho. Você faz o que todos fazem, ou você faz além? Seu suporte é mais atencioso, sua estrutura mais confortável? Você oferece algo a mais ao seu cliente? É uma boa estratégia possuir uma esteira de produtos com serviços tradicionais e serviços premium, assim, os clientes que demandam mais atenção e tempo, pagam mais do que aqueles que somente querem o pacote básico. Da mesma forma, fica alinhado até onde o cliente pode ir e isso é assunto para um outro momento.

6- Entenda a realidade do cliente – Cada cliente, assim como cada causa é única , então, o valor não pode ser tabela. Necessário conhecer o contexto para realizar uma boa precificação. Não é porque o cliente não ganha muito que ele não deve pagar o valor justo pelos seus serviços.

Cálculo o valor da sua hora técnica

O cálculo da hora técnica consiste no custo total do seu escritório, dividido pelos dias do mês. Este é o valor do custo diário do seu trabalho. Tendo o valor do seu custo diário, você divide pelas horas trabalhadas e aí você tem o valor da sua hora técnica.

Neste valor, você pode inserir custos de salão de beleza, gasolina, vestuário, cursos, congressos, enfim, todo o investimento que existe para você exercer o seu trabalho.

E por fim você pode acrescentar valores para realizar alguns sonhos, como uma viagem ou a compra de algum bem.

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Escritório digital, funciona?

Se este artigo tivesse sido escrito antes do período pandêmico, teríamos outra linha de pensamento, mas como está sendo após, continue atrás do seu notebook, pegue um café e vem comigo.

QUEM É O SEU CLIENTE?

A importância de definir um nicho de atuação na advocacia vai além da especialização técnica; ela se estende à compreensão profunda do cliente e de seus hábitos. Conhecer o nicho permite ao advogado entender as necessidades específicas desse grupo, comunicar-se de forma mais eficaz e construir relacionamentos sólidos. Essa compreensão não só orienta a estratégia de marketing, mas também influencia as decisões sobre o formato do escritório. A escolha entre um escritório físico ou virtual, chique ou modesto, deve ser moldada pela preferência do cliente e pelo valor que ele atribui à imagem e ao atendimento personalizado.

Abrir um escritório 100% digital para atender clientes em busca de aposentadoria pode não ser tão apropriado, mas se a aposentadoria é especializada para engenheiros, por exemplo, pode ser, pois são profissionais que utilizam muito o digital para trabalhar e provavelmente não terão dificuldades em buscar um escritório que atenda dessa forma, ou então, que atenda em um coworking, no próprio escritório ou em sala da OAB.

MEU CLIENTE É ANALÓGICO, POSSO TER ESCRITÓRIO DIGITAL?

O termo “escritório digital” geralmente se refere à adoção de tecnologia e ferramentas digitais para aprimorar a eficiência e a acessibilidade dos serviços jurídicos. Isso pode incluir o uso de e-mail, videoconferências, armazenamento em nuvem, sistemas de gerenciamento de casos online e muito mais.

Se o seu cliente preferir métodos de comunicação mais tradicionais, como atendimentos e reuniões presenciais, você ainda pode acomodar essas preferências, mesmo mantendo um escritório digital. A tecnologia pode ser uma ferramenta para aprimorar a prestação de serviços legais, mas não precisa substituir completamente os métodos tradicionais, caso não seja a preferência do cliente.

DICAS PARA UM ESCRITÓRIO DIGITAL

Escolha as Ferramentas Certas

Utilize ferramentas de gerenciamento para acompanhar processos e prazos.

Adote uma solução de armazenamento em nuvem segura para documentos e arquivos.

Use software de videoconferência confiável para reuniões virtuais com clientes e colegas.

Gerenciamento de Comunicação

Estabeleça diretrizes claras de comunicação, incluindo horários de disponibilidade para chamadas e e-mails.

Use sistemas de gerenciamento de tarefas e agendas para acompanhar compromissos e prazos.

Utilize ferramentas de colaboração online para trabalhar em equipe, compartilhar documentos e fazer revisões conjuntas.

Atendimento ao Cliente

Ofereça opções de atendimento ao cliente virtual, como videoconferências ou reuniões online.

Esteja disponível para responder a perguntas e fornecer atualizações de caso por meios digitais.

Pagamento de Alvará e Tributos

Não é porque o seu escritório é digital que você está livre das taxas e impostos (quem dera!). Verifique junto ao seu Município quais taxas são exigidas para o exercício da atividade.

Validação e Melhoria Contínua

Solicite feedback de clientes e equipe sobre a eficácia do escritório digital.Esteja disposto a fazer ajustes e melhorias com base nas sugestões recebidas.

Alinhamento de expectativas com os Clientes

Ajude os clientes a se adaptarem à comunicação digital, se necessário, fornecendo orientações claras e suporte técnico. Alinhe as expectativas com ele sobre canais e horários de comunicação e formas com que ele se sinta seguro com o atendimento remoto.

Outros temas importantes sobre Carreira:

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Pivotando a carreira no Direito

A palavra pivotar é um neologismo, derivado do verbo inglês “to pivot”, que significa girar. Uma boa forma de entender o que significa rotação no mundo dos negócios é imaginar a imagem de um carrossel, que gira, mas permanece fixo em um eixo.

Da mesma forma, as empresas que decidirem se transformar não perderão seus alicerces. Por isso, “pivotar” não significa desistir da carreira, mas sim analisar o que deu errado e tentar identificar novas oportunidades a partir das que já existem.

VOCÊ TEM O PODER DE ESCOLHA

Muitos de nós fomos escolhidos por determinada área, ao invés de escolher. Seja por oportunidades de estágio que tivemos, seja pelo tipo de clientes que nos procuraram. O fato é que, não necessariamente precisamos permanecer atuando nessas áreas.

Você tem o poder de escolher trabalhar com aquilo que você mais teve aptidão na prática, na vida real.

Muitos estudantes amavam o direito criminal na faculdade – eu, por exemplo. Mas na única experiência profissional que tive, me senti insegura e não gostei. A prática, de fato, te proporciona ir descobrindo o que você mais gosta de fazer na profissão, qual público prefere atender, as formalidades às quais prefere se prestar, que ambientes prefere estar.

FUJA DO ÓBVIO

Neste momento de análise, vale considerar todas as opções. Olhe com carinho para áreas do direito não tão óbvias, onde se tem poucos especialistas e a chance de se diferenciar no mercado é maior. Sabe aquelas áreas que só ouvimos falar? Direito desportivo, crimes cibernéticos, propriedade intelectual de inteligência artificial?! 

ENCONTRE SEU DIFERENCIAL

Se você se identificar com uma área mais tradicional, não há problema. Busque um diferencial que seus concorrentes não fazem. Há profissionais cobrando muito abaixo da tabela da OAB para fazer uma ação de alimentos e há profissionais que cobram 10 x a mais, pois oferecem um valor além. Há profissionais que tem agenda lotada e cobram consultas com valor altíssimos, por que as pessoas indicam, investem porque tem valor, há uma entrega diferenciada. Seja porque entrega um contrato com visual law baseado em design thinking, por exemplo, seja porque a consulta em direito de família é tão empática que as pessoas só querem aquele profissional para estar à frente do seu caso.

NÃO TENHA MEDO

Muitas pessoas se sentem presas em suas carreiras, acreditando que devem seguir em frente com o caminho que escolheram, mesmo que não esteja lhes trazendo a satisfação e realização pessoal que procuram. Porém, mudar de direção na carreira pode ser uma das melhores decisões que alguém pode tomar, permitindo que encontrem um trabalho que realmente amam e que lhes traga felicidade e sucesso.

É importante entender que a vida é uma jornada de aprendizado constante. Ao longo do caminho, as pessoas descobrem novas habilidades, interesses e paixões que podem não ter sido evidentes quando começaram suas carreiras. Mudar de direção pode oferecer a oportunidade de explorar essas novas facetas da personalidade e descobrir uma carreira que realmente seja satisfatória e gratificante.

Isso  pode ser uma decisão difícil, mas que pode levar a uma carreira mais satisfatória e gratificante. É importante estar aberto a novas possibilidades, aproveitar as habilidades e experiências adquiridas ao longo do caminho e buscar apoio durante o processo.

Leia antes de desistir do Direito:

Pra quem se interessa por empreendedorismo jurídico:

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O PODER DO GIVE FIRST

Advogados podem ser colaborativos?

Já ouviu falar em “Give First”? É uma iniciativa muito aplicada no ecossistema de inovação que tem como propósito se doar, sem esperar nada em troca. Na advocacia isso é possível?!

DOADORES X TOMADORES

Eu já tive uma fase em que não respondia nem qual meu nome sem direcionar para uma consulta paga. Com o tempo, aprendi que existem perguntas e perguntas. Perguntas às quais respondi que me geraram contratos e clientes extraordinários e perguntas que cobrei pra responder – e nunca recebi, porque o cliente nunca mais me procurou.

Claro, é um pouco de feeling para perceber se aquela pergunta pode gerar um contrato ou se é uma pessoa pronta para sugar todos os seus conhecimentos.

O fato é que não se trata de banalizar a profissão, afinal o produto do advogado é o conhecimento, mas de saber que, em alguns momento é necessário “ajudar primeiro” – tanto para com potenciais clientes, quanto para com colegas de profissão – esse é o pensamento dos doadores.

Pelo contrário, os Tomadores, somente querem ser beneficiados. No momento e que precisam de colaborativismo, solicitam colaborativismo, mas no momento que precisam dar, não estão disponíveis.

O ideal é que o profissional tenha um equilíbrio entre ser doador e tomador- ser um doador alterísta – possui o maior índice de sucesso, pois eles se importam com os outros, mas possuem objetivos ambiciosos para si.

COLABORATIVISMO

O direito em si já é pesado, o dia a dia no contencioso tende a ser altamente estressante, porém, bom lembrar que quem está contendendo são as partes. Os advogados são seus procuradores e quanto menos se envolverem emocionalmente nas causas, melhor, visto que não alteram seus ânimos e se dedicam a realizar uma boa defesa técnica. Trabalhar com colaborativismo fará com que o trabalho seja mais leve. O give first se trata de facilitar e não complicar, visando a justiça, a celeridade.

GIVE BACK

O give back é a retribuição das gentilezas que você já recebeu. Nunca esquecerei que em uma ocasião da minha vida profissional, exatamente no dia em que foi implantado o sistema de peticionamento via sistema no Poder Judiciário, eu fui em uma audiência e o procedimento era levar a petição em papel e entregar no ato para o juiz. (Credo, como isso parece retrógrado) Naquele dia, eu não sabia que o sistema já estava implantado e lembro-me que o conciliador falou, dra, terias que ter protocolado a defesa antes da audiência, mas caso o advogado da outra parte concorde, posso receber a petição agora. E naquela ocasião, o advogado não se opôs ao recebimento (e ele era o representante da parte contrária na ação). Se ele tivesse se oposto, simplesmente perderia nosso direito de nos defender naquele momento, mas o advogado optou por ser colaborativo e combater dentro do processo, através de argumentos e provas. Na ocasião me ajudou muito e essa atitude na época, me fez pensar muito no colaborativismo e o give back se tornou presente também na minha atuação.

ADVOGAR É DIFERENTE DE TER UM INIMIGO

Muitas vezes podemos confundir o litígio do cliente com o nosso. É muito importante a empatia com o cliente, se importar com seu caso e buscar justiça, afinal é isso que nos moveu até aqui – resguardar direitos. Mas isso não quer dizer que a cada caso façamos um novo inimigo- além da parte, o advogado dela. Imagina se assim fosse, em 2 anos de atuação, estaríamos “brigados” com todos os colegas inscritos na subseção. Conduzir os processos, audiências, acordos de forma ética, profissional e sem deixar interferir as emoções do cliente, além de beneficiar o mesmo, fará com que o colaborativismo e o give first/give back aconteçam no nosso ambiente profissional.

Escrevi um artigo sobre contando a saga de selecionar um estagiário (obtive sucesso nessa empreitada), para acessar clique aqui:

Contratando um estagiário de Direito – a Saga – Camila de Liz (advcamilaliz.com.br)

Sobre a Marca do Advogado, clique aqui:

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MAPA DE EMPATIA

MAPA DE EMPATIA

Já se foi o tempo em que o advogado precisava apenas se preocupar com a parte técnica do escritório, sentar em sua cadeira e esperar o cliente chegar. 

O advogado precisa ingressar na revolução 5.0 e aperfeiçoar a gestão do escritório em todos os sentidos, inclusive no que se trata de marketing. Conhecer o cliente é fundamental para o sucesso do escritório.

Para quem você presta seus serviços? O profissional generalista está em baixa. É necessário especializar-se. Se você já sabe a área de atuação, está na hora de conhecer melhor o seu cliente. Quem é ele? Quais seus hábitos?Que conteúdos lhe interessam?Onde ele está?

Uma ótima ferramenta para conhecer enfim quem é o seu cliente é o “Mapa de Empatia” – criado pela consultoria de design XPLANE, como parte da Metodologia Canvas para modelos de negócios. que oferece uma visão real dos comportamentos, desejos e percepções do seu cliente.

Empatia – a chave da ferramenta

Ser empático é a capacidade de se colocar no lugar do outro e experimentar sua visão de mundo. No Direito estamos muito acostumados em utilizar a empatia, seja através dos princípios de justiça social, seja nos casos concretos como uma força motriz para defesa dos direitos dos clientes.

Neste momento, a importância da empatia se dá para entendermos o que o cliente sente, pensa e vê o mundo. Quando detemos essas informações, temos grandes dados poderosos para melhor prestação dos serviços.

O Mapa

Para completar o mapa de empatia é necessário responder aos seguintes questionamentos:

com quem estamos sendo empáticos?

o que ela/ele precisa fazer?

o que ela/ele vê?

o que ele/ela fala?

o que ele/ela faz?

o que ele/ela escuta?

o que ele/ela pensa e sente? Quais são duas dores e desejos?

Essas ferramentas alcançam um melhor resultado quando praticadas em grupo, haja vista que há maior cocriação e opiniões enriquecendo as respostas.

Benefícios práticos

Muitos são os benefícios da utilização dessa ferramenta, listados a seguir:

  • Conhecer melhor o público e a partir disso implantar determinadas formas de atendimento, determinada utilização de recursos
  • Abordar melhor o potencial cliente, saber onde ele está, sua forma de comunicação
  • Atender de forma mais assertiva o que o cliente espera daquele serviço
  • Informações organizadas e de fácil visualização
  • Baixo custo da ferramenta

Opções para advogar na advocacia extrajudicial:

 Parecer jurídico – e aí pode ser na área de atuação que você desejar – infinitas possibilidades.

Inventário, divórcio e usucapião extrajudicial, testamento, Acordo consensual, Registro de marca – Leia aqui.

Se interessou? Leia o artigo do porque eu decidi advogar em Marcas aqui.

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A marca do Advogado

Já se foi o tempo em que o advogado precisava apenas se preocupar com a parte técnica do escritório, sentar em sua cadeira e esperar o cliente chegar. 

O advogado precisa ingressar na revolução 5.0 e aperfeiçoar a gestão do escritório em todos os sentidos, inclusive no que se trata de marketing. 

Existe uma cultura em que somente os grandes escritórios se preocupam com isso, mas hoje, inclusive como forma de equalizar pequenos e grandes escritórios, o marketing digital possibilita um lugar ao sol a todos que nele queiram se aventurar e colher os seus frutos.

Marca Pessoal

Aprendemos na faculdade que escritório de advocacia não pode ter nome fantasia. No máximo, pode ser identificado pelo sobrenome dos sócios. Desta forma, a saída para se tornar conhecidO diante de outros profissionais, principalmente no que tange aos pequenos escritórios, é investir na marca pessoal.

O advogado precisa estar na mente das pessoas, pois somente assim ele será acionado quando ocorrer a demanda do potencial cliente.

Fortes marcas são capazes de atrair clientes e profissionais talentosos, também somam valor intangível aos produtos e serviços oferecidos, afetando  positivamente o desempenho do escritório.

Ter uma marca pessoal forte, fará com que o potencial cliente lembre de você em determinada situação. Exemplo: você fala muito sobre registro de marca e o seguidor não tem marca, não tem negócio, não tem nem vontade de ser empreendedor. Mas quando o vizinho dele abrir um negócio e precisar desse serviço, esse seguidor saberá quem indicar.

Branding

Branding ou Brand Management é uma estratégia de gestão da marca que visa torná-la mais reconhecida pelo seu público consumidor, buscando a admiração e desejo pelos valores que a marca cria em torno de si mesma. A presença constante na mente do potencial cliente faz imensa diferença em um mercado competitivo como o da advocacia.

Persona 

Para quem vc presta seus serviços? O profissional generalista está em baixa é necessário especializar-se. Se você já sabe a área de atuação, está na hora de conhecer melhor o seu cliente. Quem é ele? Quais seus hábitos?que conteúdos lhe interessam?onde ele está?

Se você ainda não sabe o seu nicho de atuação, calma. Nichar não significa que você não advogará em outras áreas, mas que será reconhecido pela Autoridade de uma área em específico, área essa em que, chegará um tempo que somente exercerá ela, tornando-se um super especialista.

Saber quem é a sua persona, fará com que se comunique e preste o serviço ideal para o cliente, valorizando-se tecnicamente e financeiramente.

Tom de voz

Criar uma conexão com o cliente, fidelizando o mesmo, entregando aquilo que ele espera naquela situação. Cada vez mais as soft skils são valorizadas e não é diferente no ramo da advocacia. Com tantos advogados no mercado e com tanta facilidade de informação e conteúdo, o diferencial acaba sendo a forma como trata o seu cliente, como você se comunica com ele.

Muito da impressão que o cliente, o juiz, o concorrente tem de você como profissional não é sobre o que você fala, mas o que você demonstra. Forma de se vestir, tom de voz, ritmo de fala. Utilizar-se da empatia e saber a dor que seu cliente tem e se comunicar com o seu cliente através da resolução dessa dor, é fundamental.

Ter consciência de todos esses pontos fazem com que você consiga se conectar com seu cliente, de modo a prestar um melhor serviço. Lembre-se, o maior marketing que existe é um cliente satisfeito – lembrando que satisfação não é sentença procedente!

Criar encantamento no cliente é um diferencial incrível para fidelizar o cliente e fazê-lo seu vendedor por onde quer que passe.

Opções para advogar na advocacia extrajudicial:

 Parecer jurídico – e aí pode ser na área de atuação que você desejar – infinitas possibilidades.

Inventário, divórcio e usucapião extrajudicial, testamento, Acordo consensual, Registro de marca – Leia aqui.

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Leia antes de desistir do Direito

O Direito ao mesmo tempo em que é apaixonante é pesado, pois envolve muita responsabilidade de seus operadores. São destinos, vidas, dinheiro a serem decididos através dos processos, com milhares de sentimentos e emoções por trás dos termos jurídicos.

O dia a dia do profissional da área jurídica, e principalmente do advogado não é fácil. Além da complexidade dos problemas a serem resolvidos, há que se preocupar com a parte técnica – de várias áreas diferentes, dos ritos, dos prazos, do cuidado com o cliente ou a falta dele, com a gestão do escritório, enfim, são muitas as demandas que acabam fazendo com que muitos acabem desistindo do Direito, ou de advogar.

O perrengue chique de ser ADV

O fato de ter que estudar diversas áreas, cada processo ser diferente, somado aos prazos que não dão sossego, acabam causando uma avalanche na vida do advogado: falta de tempo para se dedicar efetivamente aos processos, estresse, preocupação demasiada e problemas de saúde mental acarretados por essa rotina nada estável. Mas o que fazer diante dessa realidade?!

Desistir não precisa ser uma opção

Não PRECISA ser, mas pode ser. Ninguém é obrigado a nada. Mas antes de desistir, sugiro que TENTE MAIS UMA VEZ. Mas dessa vez de um jeito diferente.

Foque a sua atuação em no máximo duas áreas e siga uma trilha de empreendedorismo, de forma a pensar nessa carreira de forma estratégica. Não será nem rápido e nem fácil, mas com certeza, você viverá uma advocacia diferente.

Dicas de como fazer

  • Defina um nicho específico de atuação
  • Estude seu cliente, onde ele está, o que ele consome, do que gosta, quais problemas ele tem e quais emoções envolvem isso.
  • Estude sua concorrência – o que fazem de diferente, qual o preço, de que forma atingem esse cliente.
  • Crie um plano de atendimento deste cliente, nos mínimos detalhes. Quando você oferece benefícios e diferenciais, você consegue cobrar mais, é mais valorizado e mais raro no mercado.

Gestão Jurídica

Gerir um escritório não é tarefa fácil. Os advogados costumam aprender na prática a fazer isso – errando muito. Simplifique esse caminho e leia sobre o tema.

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Validação e MVP nos escritórios de advocacia

As formas de uma Startup iniciar um negócio sempre perpassam pela validação e MVP – mínimo produto viável. Será que dentro do Direito, conseguimos utilizar essas ferramentas para melhor prestação dos serviços?

Neste artigo você conhecerá as possibilidades e benefícios de utilização destas ferramentas dentro da advocacia.

Validação, o que é isso?

A validação é o processo de testar seu produto ou serviço para ajudá-lo a entender o mercado que pretende atender. Este é o momento em que você coloca sua ideia em prática e vê se ela realmente faz sentido.

Mas isso faz sentido para Advogados?

Faz sentido e muito! Para uma nova forma de atendimento que pretende testar (ex.: um escritório totalmente online), para um nicho de atuação que pretende explorar, até mesmo para uma tese que se está defendendo. A validação nada mais é que tentativa e erro, até chegar no tentativa e acerto!

Você já faz isso, mas de forma intuitiva e não estratégica. Muitas vezes nem se atém do que realmente deu certo, não repete padrões e acaba perdendo tempo e dinheiro.

Porque é importante validar na advocacia

Um dos maiores fracassos dos empreendedores é sempre colocar o desenvolvimento de produtos e serviços à frente do conhecimento do sobre o seu público consumidor, baseando-se em “achismos” ou opinião pessoal. 

Para saber o que a clientela precisa é necessário conversar, perguntar, enfim, validar as hipóteses.

Validando primeiro, você reduz erros, economiza tempo e dinheiro, se estressa menos e oferece melhores serviços logo no início da prestação do serviço.

MVP – Mínimo produto viável

O conceito de MVP advém do universo da tecnologia, mas passou a ser aplicado por empreendedores de diversas áreas, inclusive do Direito. O MVP é fazer algo da maneira mais simples possível, ocupando o mínimo de recursos, para testar sua viabilidade. Acontece muito, de forma intuitiva, com advogados em início de carreira que iniciam o labor da advocacia sem ter um escritório físico e hoje é uma tendência mundial o atendimento on-line.

Ainda, o MVP permite implantar atuação em novas áreas, novas formas de atendimento ou até novos métodos de elaboração de teses, nova precificação, enfim, o céu é o limite para inovar dentro do direito.

O MVP reduz os riscos de apostar alto em uma solução sem antes jogar ela pro mercado dizer se interessa ou não.

Gestão Jurídica

Gerir um escritório não é tarefa fácil. Os advogados costumam aprender na prática a fazer isso – errando muito. Simplifique esse caminho e leia sobre o tema.

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Escolhendo o nicho de atuação

São infinitas as áreas que o advogado pode atuar! Do cível ao direito marítimo, do penal ao direito digital, a gama de atuação é enorme e surge de acordo com a evolução da sociedade e surgimento de novas demandas.

Operar o nariz com um cirurgião de joelho, quem quer?

É fato que especialistas sempre foram e sempre serão mais valorizados do que generalistas. Não estou dizendo que o generalista não tem seu valor, saber um pouco de cada coisa é valioso e muitas vezes quando não sabemos nosso problema real ou quem procurar, o generalista é a pessoa certa para ouvir, analisar, diagnosticar e muitas vezes, encaminhar para o profissional certo. A realidade é que quando temos um problema jurídico, queremos ser atendidos pela pessoa com mais autoridade possível, aquela que trabalha dia e noite com casos semelhantes e sabe exatamente o que fazer ou qual caminho percorrer, não é um aventureiro.

Dá pra ganhar dinheiro como generalista

Claro que dá pra ganhar dinheiro como advogado generalista. E olha que generalista nem se trata de atender todas as áreas, mas considero que a atuação a partir de três áreas, já é um modelo generalista. Isso porque é praticamente impossível dominar uma área do direito, imagina 3?!

Já parou pra pensar no processo mais antigo que você tem em trâmite? Ele é de que ano? O processo mais antigo que tenho tramitando é de 2017. Já se passaram 5 anos e provavelmente se for dividir os honorários que recebi ou vou receber pelos meses em que cuidei desse processo, peticionei, informei o cliente e agi proativamente diante do judiciário, sairei no prejuízo.

Alguns processos judiciais conseguimos mensurar o tempo de duração, mas nada é certo. O trâmite, por qualquer motivo (um recurso, uma perícia, uma pandemia, suspensão de audiência pode duplicar, triplicar e até mais. O fato é que são dezenas de milhares de processos tramitando no Brasil. O sistema é lento e burocrático.

A Advocacia extrajudicial propõe diminuir esse caminho. Isso pq o foco na resolução pacífica dos conflitos, através de conciliação e mediação, por exemplo, permite que todas as burocracias sejam “puladas”. E aí, bingo, tudo se resolve de forma mais rápida. Os processos administrativos, como por exemplo um inventário ou usucapião extrajudicial, embora também tenham suas formalidade legais, garantem o andamento mais célere. Assim como o registro de marca. Embora seja um processo administrativo, com prazos e tenha um terceiro “julgador”, são processos que também tendem a ser mais rápidos. É claro que exceções existem. Há processos judiciais que serão mais rápidos e há processos extrajudiciais que demorarão mais. Mas a regra é que no extra, nosso tempo ( do adv e das partes) seja mais valorizado.

Eu já tive uma cliente que faleceu antes da sua sentença procedente. É muito triste ver a pessoa indo embora, sem ter o seu direito satisfeito. E aí, é de quando o seu processo mais antigo?

Opções para advogar na advocacia extrajudicial:

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