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Ressignificando a carreira como Advogado

Ressignificar

Normalmente as pessoas que optam por cursar direito são pessoas idealistas e sonhadoras que buscam no Direito uma forma de contribuir para a justiça.

Depois de todos os desafios da faculdade e OAB, vem os desafios do mercado de trabalho. E aí as pessoas acabam caindo na real que não aprenderam sobre gestão, não sabem por onde começar. Começam de forma intuitiva e vão trabalhando conforme dá, conforme as coisas acontecem, sem qualquer tipo de estratégia. O propósito lá da época de faculdade é engolido pela rotina corrida.

É preciso pagar as contas

O profissional, ainda se posicionando no mercado (e olha que isso demora uns anos ok?!) se vê lotado de boletos e acaba aceitando todos os casos que aparecem: de pensão alimentícia a flagrante. De aposentadoria a usucapião. De reclamatória trabalhista a recurso de multa de trânsito, afinal as contas estão aí. O que acontece é que esse profissional lota seu escritório com processos e para ganhar o minimamente necessário ou razoavelmente bem se vê consumido por uma rotina completamente desgastante, pq se tem que estudar sobre diversas áreas diferentes o tempo todo. Tem que ligar o botão do previdenciarista, em seguida ligar o do criminalista  e depois do familiarista, sendo que cada um desses clientes possui uma necessidade (não somente técnica) mas principalmente de atendimento totalmente diferente.

E aí vem a decepção

Seja por sentenças improcedentes ou por não ter tempo pra mais nada, o advogado vai perdendo aquele brilho nos olhos que tinha lá no começo, de fazer justiça mesmo, sabe?! Eu sei bem, já passei por isso e mais de uma vez.

Como virar a chave?

Pra virar a chave é necessário se autoconhecer: primeiro entender o que você realmente gosta, seus planos para o futuro e a partir daí traçar uma meta para chegar lá.

Seu tempo pode ser dividido inicialmente 70% em ações para fazer dinheiro e 30% do seu tempo será dedicado em construir autoridade para fazer aquilo que se quer. Aos poucos essa porcentagem vai mudando de lado até que você esteja nichado apenas na área que gosta, estudando e sendo realmente especialista em um único assunto. Quando você é especialista, é mais valorizado pois tem autoridade sobre o tema e consequentemente mais valorizado.

Opções para advogar na advocacia extrajudicial:

 Parecer jurídico – e aí pode ser na área de atuação que você desejar – infinitas possibilidades.

Inventário, divórcio e usucapião extrajudicial, testamento, Acordo consensual, Registro de marca – Leia aqui.

Se interessou? Leia o artigo do porque eu decidi advogar em Marcas aqui.

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Contratos Direito Civil Empreendedorismo

O que o Design Thinking tem a ver com o Direito?

O Direito é uma área muito tradicional. Os estudantes e profissionais do Direito acabam imergindo em um mundo próprio com sua linguagem técnica e forma rebuscada de escrever, falar, se portar, bem como de trabalhar. Não é fácil fazer com que estes profissionais ampliem seus horizontes para conseguir, de uma melhor forma, resolver os problemas e casos que surgem. Em contrapartida, o Design Thinking surge como uma ótima ferramenta para solução de problemas, o que acaba vindo ao encontro do que é o dia a dia dos profissionais do Direito. A utilização do Design Thinking neste ramo tem dois grandes desafios: o de ser aceito como uma ferramenta e o de “caber” dentro do Direito. O objetivo deste trabalho é averiguar como será possível a aplicação do Design Thinking no Direito e o que isso influenciará na prática esses profissionais.

Design Thinking aplicado no Direito

O Design possui muitas definições, mas que no fim, convergem para uma única ideia. Nas palavras de Vianna [et al], portanto: 

Embora o nome “design” seja frequentemente associado à qualidade e/ou aparência estética de produtos, o design como disciplina tem por objetivo máximo promover bem-estar na vida das pessoas. No entanto, é a maneira como designer percebe as coisas e age sobre elas que chamou a atenção de gestores, abrindo novos caminhos para a inovação empresarial. 

E continua:

[…] como o nome já diz, o Design Thinking se refere à maneira do designer de pensar, que utiliza um tipo de raciocínio pouco convencional no meio empresarial, o pensamento abdutivo. Nesse tipo de pensamento, busca-se formular questionamentos através da apreensão ou compreensão dos fenômenos, ou seja, são formuladas perguntas a serem respondidas a partir das informações coletadas durante a observação do universo que permeia o problema. Assim ao pensar de maneira abdutiva, a solução não é derivada do problema: ela se encaixa nele.

O Direito, visando também a solução de problemas e promover o máximo de bem-estar na vida das pessoas, através da garantia de seus direitos, acaba tendo muitos pontos semelhantes ao design.

A aplicação do Design em petições já é uma realidade. O “Visual Law”, já possui resolução própria versando sobre o tema, para utilização do recurso pelos próprios tribunais, como maneira mais empática e estratégica para resolução das demandas.

O CNJ assim dipôs sobre Visual Law (advindo do Design Thinking) na Resolução 357, senão vejamos:

Art. 32. Compete aos órgãos do Poder Judiciário elaborar o Plano Estratégico de Comunicação para implementação dos ditames desta Resolução, que assegure, além do disposto na Resolução CNJ nº 85/2009, os seguintes objetivos:

I – identificação de ações necessárias e efetivas para o atingimento dos resultados pretendidos por meio de processos empáticos de diagnóstico com os destinatários da informação;

II – promoção do engajamento de todos os atores envolvidos nos fluxos de contratações, com promoção do conhecimento e da transformação cultural que fomente a adoção de contratações sustentáveis;

III – interação colaborativa entre os diversos setores do órgão para alinhamento e compartilhamento do conhecimento; e

IV – acessibilidade às informações.

Parágrafo único. Sempre que possível, dever-se-á utilizar recursos de visual law que tornem a linguagem de todos os documentos, dados estatísticos em ambiente digital, análise de dados e dos fluxos de trabalho mais claros, usuais e acessíveis.

O Design em geral, busca que a experiência do cliente – aquele que está se utilizando do serviço – seja a melhor possível. O Design aplicado ao Direito busca que aquele contrato, por exemplo, seja facilmente entendível entre as partes. Que entre as 10 páginas que possui, saiba se localizar de maneira mais prática, encontrando facilmente o tempo que o contrato dura ou o a forma de pagamento.

Os elementos visuais que compõem o documento fazem o mesmo ser mais claro, tanto para leigos quanto para profissionais do Direito. Isso porque, como todos sabem, o Judiciário está abarrotado. São milhares de processos aguardando apreciação. São petições e recursos enormes, com linguagem rebuscada e situações complexas.

Diferença do Legal Design e Visual Law

Legal Design é baseado no Design Thinking e é a aplicação de técnicas, ferramentas e metodologias advindos do Design com o fim de resolver problemas. Não necessariamente o Legal Design tem por objeto final uma petição se utilizando de design. Ele pode ser utilizado para solucionar um caso, para atendimento do cliente, procedimento do escritório, etc.

O Visual Law, advindo de aplicação de técnica do Legal design (aplicando a metodologia se chega a conclusão, por exemplo, que fazendo um infográfico para explicar determinada situação na petição, se terá mais sucesso, ou se utilizando de determinadas cores se remeterá mais à situação do caso concreto).

Então, se aplicam esses elementos visuais para melhorar a leitura de determinado caso.

A aplicação desses conceitos ao mundo jurídico recebe o nome de Legal Design Thinking. A ideia aqui é que os profissionais de Direito possam ir além das possibilidades que a tecnologia oferece, buscando meios de se tornarem mais empáticos juntos aos clientes através de soluções criativas e interativas. (https://lawvision.com.br/legal-design-thinking-pode-beneficiar-seu-escritorio-de-advocacia/)

Margaret Hagan, diretora do Legal Design Lab da Stanford Law School e professora do Stanford Institute of Design, destaca que legal design “é a forma como avaliamos e desenhamos negócios jurídicos de maneira simples, funcional, atrativa e com boa usabilidade”. (http://campinas.tech/legal-design-uma-nova-forma-de-pensar-o-direito/)

Opção para advogar na advocacia extrajudicial:

Uma ótima oportunidade para fugir da advocacia litigiosa e ainda embarcar em uma tendência dos novos tempos é a atuação em registro de Marcas. 

Se interessou? Leia o artigo do porque eu decidi advogar em Marcas aqui.

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Direito Empresarial Empreendedorismo Propriedade Intelectual Registro de Marca

Propriedade Intelectual – Lá atrás até agora

Histórico

Propriedade intelectual diz respeito aos  direitos de autores de criações advindas do conhecimento, sejam estes tangíveis ou intangíveis. É um dos direitos mais puros, pois advém do próprio conhecimento humano.

Neste artigo você conhecerá a origem da Propriedade Intelectual no Brasil e no Mundo

Propriedade Intelectual – Mundo

A Inglaterra foi o berço da Propriedade Intelectual, onde começaram a conceder certos privilégios aos inventores. Em seguida, a Constituição dos Estados Unidos (1787), em seu artigo 1º, § 8.8 “atribuiu ao congresso da Federação poderes para assegurar aos inventores, por prazo determinado, o direito de exclusividade sobre a invenção”, basicamente o mesmo direito garantido nos dias atuais.

Em Roma e na Grécia, era comum encontrar iniciais e figuras gravadas pelos artífices como forma de assinarem sua obra, ou até mesmo de identificarem os produtos fabricados, remetendo a ideia de que tais peças eram produzidas pelo fabricante “x”.

A União de Paris criada em 1883  é uma convenção adotada pelo Brasil e por diversos outros países como Inglaterra, Portugal etc., e exprime um conceito mais amplo da Propriedade Industrial, abrangendo não só os direitos dos inventores, mas também as marcas e outros sinais distintivos.

Propriedade Intelectual no Brasil

A Propriedade Intelectual surgiu no Brasil com a vinda da coroa portuguesa. O príncipe regente legislou no sentido de conceder direito de exclusividade sobre as invenções levadas a registro na Real Junta do Comércio. pelo prazo de 14 anos, o que posicionou o país como uma das quatro primeiras nações no mundo a ter uma legislação sobre o tema.

Posteriormente (1830) foram editadas novas leis sobre invenções, tendo sido concedida a primeira patente por D. Pedro I, pela carta imperial de 20 de dezembro de 1830, a Joaquim Marques de Oliveira e Souza, para a invenção de “uma cadeira de rodas destinada à condução de aleijados”.

Em 1875 foi editada a primeira lei sobre Marcas no Brasil 

Estudos apontam que a primeira ação judicial conhecida que envolveu direito sobre propriedade industrial no Brasil foi sobre a propriedade das marcas de rapé “areia preta”, contra o uso indevido da marca de rapé “areia parda”.

Atualmente, a Propriedade Intelectual foi regulamentada pela Carta Magna de 1988. A Propriedade Industrial é um ramo da Propriedade Intelectual regido pela Lei de Propriedade Industrial que versa sobre o registro de marca, patentes, desenho industrial, software e outros.

Opção para advogar na advocacia extrajudicial:

Uma ótima oportunidade para fugir da advocacia litigiosa e ainda embarcar em uma tendência dos novos tempos é a atuação em registro de Marcas. 

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Empreendedorismo Gestão Jurídica

O poder de delegar

Advogados podem delegar e ser felizes sim!

Sabe, eu sempre fui uma pessoa que preferi fazer as coisas sozinha. Não fui treinada a delegar e assim eu me adaptei. Porque delegar se vai dar mais trabalho do que fazer direto? Pq delegar se depois terei que corrigir? Pq delegar se eu faço melhor e mais rápido?

Não delegar é muito mais sobre você do que sobre a outra pessoa. É sobre falta de confiança e até um pouquinho de arrogância. “Ninguém faz tão bem quanto eu, ninguém faz do jeito que tem que fazer.”

Acontece que delegar é muito mais que isso. Delegar é o Give First! Você dá primeiro: seu tempo, seu conhecimento. Você ensina, corrige, mostra o caminho e muitas vezes dá o atalho. Você reforça, relembra, atende e mostra como faz.

Depois (beeem depois) você recebe: um documento parcial ou integralmente pronto, uma nova visão sobre algo, uma nova ideia.

E a partir daí você não tem mais um aluno, mas sim uma pessoa para contribuir e agregar ao seu trabalho.

Benefícios práticos de delegar no trabalho:

TEMPO LIVRE, OFICINA DE IDEIAS

Você libera seu tempo para pensar em outras demandas, planejar, sair da caixa, inovar, visitar clientes, parceiros, pensar estrategicamente de forma que, abarrotado de tarefas pra fazer você não conseguiria.

VIDA MAIS LEVE

Você se desonera de uma sobrecarga de trabalho. Muitas vezes perdemos tempo com ligações, fazendo petições simples, fazendo contabilidade, administrativo. Todas essas demandas roubam seu precioso tempo de produzir melhor, criar novas teses, prospectar clientes, produzir conteúdo informativo. 

PROPÓSITO

Você contribui com a sociedade desenvolvendo pessoas. Muitas vezes pensei que não tinha condições de ter uma funcionária, mas hoje são tantas as opções. Podes contratar um estagiário por poucas horas (aquelas que você consegue pagar), pode contratar freelancer para confecção de determinadas peças, pode contratar serviços de secretariado online. A partir do momento que você começa a distribuir sua renda, ela retorna em dobro pra você, pois você tem tempo de vislumbrar novas possibilidades.

COCRIAÇÃO

Você cria um ambiente de troca, de novas visões, novas experiências diante daquele trabalho. Você evolui seu trabalho, aumenta sua rede de pessoas conhecidas e cria um laço entre aquele profissional. Seus passos e sua maneira de conduzir seu escritório irão inspirar aquele profissional na forma como futuramente conduzirá o seu, contribuindo para uma sociedade melhor e uma classe mais unida.

UM ETERNO APRENDIZ

Aprende mais e reforça seus conhecimentos. Quem ensina aprende duas vezes.

SOFT SKILS

Desenvolve mais uma habilidade que é a de liderança, de lidar com pessoas, trabalhar em equipe, comunicar-se de forma assertiva. As skills são infinitas!

 Delegar assusta e dá um pouquinho de trabalho no início mas depois é libertador!

Escrevi um artigo sobre contando a saga de selecionar um estagiário (obtive sucesso nessa empreitada), para acessar clique aqui:

Contratando um estagiário de Direito – a Saga – Camila de Liz (advcamilaliz.com.br)

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Direito Empresarial Empreendedorismo Propriedade Intelectual Registro de Marca

Os 10 principais motivos pelos quais decidi advogar em marcas

A Advocacia extrajudicial é como um grito de libertação para os advogados que a descobrem. Muito mais célere, menos estressante e mais leve, saiba porque eu decidi focar minha advocacia no registro de marcas:

  1. Porque é o direito mais genuíno e justo que alguém pode ter, vindo da criação intelectual da pessoa, não privilegia ninguém a não ser aquele que criou.
  2. Porque – na maioria das vezes – não depende do Judiciário, se dá através de processo administrativo bem menos burocrático.
  3. Trabalha com a realização de sonhos de uma pessoa.
  4. Cobra-se um preço justo por um trabalho que você sabe como fluirá, diferente de um processo judicial que há recurso para diversas instâncias por exemplo.
  5. Podem surgir diversas formas de renda a partir de um único cliente.
  6. Os clientes acabam indicando o trabalho para seus amigos empreendedores.
  7. Prazos processuais administrativos são maiores que os prazos processuais judiciais.
  8. Posso estar em contato com empreendedores, ver sua visão de mundo, aprender com eles.
  9. Estou sempre em contato com o design, a criatividade, o marketing e outras áreas do conhecimento que me atraem e são áreas que estão muito em voga no mercado.
  10. Tenho facilidade em elaborar recursos e oposições para defender o direito de marca do meu cliente.

Advogar em marcas me proporciona conhecer a história de muitos empreendedores e empresas e contribuir para assegurar a permanência desse sonho.

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Empreendedorismo Geral

Mindset do Advogado Empreendedor

Mindset é o modelo mental, crenças, visão de mundo que um indivíduo possui.

Há dois tipos de Mindset: Fixo – aquele que acredita que suas habilidades são nata, imutáveis e determinantes de seu sucesso ou fracasso. O Mindset de crescimento acredita que habilidades e talentos podem ser desenvolvidas O mindset de sucesso é ter um pensamento de auto responsabilidade e proatividade.

Auto responsabilidade

A auto responsabilidade permite o profissional ser o protagonista de sua própria carreira, assumindo os ônus e bônus, as vitórias e derrotas das mesmas. A partir do momento que você aceita que as coisas não são fáceis e nem caem do céu, mas deixa o vitimismo de lado, assume as rédeas da sua vida e corre atrás pra concretizar seus sonhos. Sabemos que o Direito não é uma profissão fácil, mas uma das mais rentáveis. Com um computador e internet você trabalha tranquilamente. Em muitas cidades, a OAB disponibiliza esses materiais. Com o acesso à uma rica gama de conteúdos, hoje o cliente chega mais informado no escritório e por isso ele precisa de um profissional completo.

Ele quer seu problema resolvido como um todo e não uma orientação baseada em artigo de lei.

Proatividade

Fazer antes de TER que fazer é antecipar incêndios e não deixar o fogo acabar com tudo. Antecipar dúvidas, demandas e problemas dos seus clientes vai te fazer ser diferenciado na sua atuação. Mindset de ter atitude de fazer antes de alguém te pedir.

Protagonismo

Deixar de ser vítima e partir para a responsabilidade de ser o Autor da própria história, o real responsável pelos sucessos e fracassos. Aquele que, mesmo em meio a momentos difíceis sabe que fez o melhor que poderia ter feito.

Não seja resistente às mudanças

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo. Eu adoro essa música do Raul e ela diz tudo. As coisas mudam o tempo todo! Nós do Direito sabemos disso. E qual a razão de nós não termos que nos adaptar também?!

Atualize-se

A sua pós de 5 anos atrás já está defasada. Faça cursos, aprenda outras áreas, amplie seu conhecimento afim de ter insights no seu dia a dia. O profissional que estagna não acompanha, simples assim.

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Empreendedorismo Gestão Jurídica

Contratando um estagiário de Direito – a Saga

Há pouco tempo decidi contratar um estagiário, decidi que era a hora de quebrar o ego e ensinar outra pessoa a me ajudar! Coincidentemente, na minha pós  em empreendedorismo e inovação, comecei a estudar a disciplina Tópicos em gestão de pessoas.

Uni o útil ao agradável e comecei a estudar sobre como seria esse recrutamento e posteriormente essa seleção.

Pra iniciar pensei no perfil pelo qual estava procurando. Uma pessoa que escrevesse bem – o português seria fundamental. Não precisaria saber escrever peças jurídicas, mas escrevendo bem, já seria um grande passo. Também precisava de alguém que não fosse um chato do juridiquês, nem que viesse com muitos vícios de outros lugares, afinal, trata-se de um escritório diferente! #oescritoriotadiferente

E claro, outras habilidades seriam diferenciais, como noções de marketing digital, copy, seo, etc; além de simpatia e vontade de aprender.

Decidi anunciar a vaga pelas redes sociais, afinal, minha persona (acadêmicos de direito) lá estavam.

Acabamos recebendo inúmeros currículos. Poucos se utilizando de um design, muitos nem em .pdf enviaram.

Descobri que a realidade do mercado ou das faculdades estava um pouco diferente do desejado. Muitos estudantes exibindo suas hard skills e experiências enquanto precisávamos mesmo eram das soft skills – vontade, flexibilidade, empatia.

Enfim, selecionamos e acertamos! Acertamos muito viu Bruna?! Kkkk

Então, fica a dica para a seleção do estagiário:

DEMANDAS

Verifique quais suas demandas – atendimento ao público, auxílio na parte administrativa, redação de petições?! Talvez você nem precise de um estagiário de direito, mas sim de jornalismo ou administração.

ALINHAMENTO DE EXPECTATIVAS

Alinhe expectativas com o estagiário: valores, oportunidade de crescimento, dê e receba feedbacks constantes. Estamos todos aprendendo juntos. Quebre a muralha de que você quem irá ensinar tudo.

DEIXE ELE VOAR

Confira protagonismo ao estagiário, dê liberdade pra ele criar e produzir- claro, sempre de forma supervisionada. Uma cabeça pensante, mas sem envolvimento emocional com gestão/clientes do escritório poderá fazer com que se visualize o processo de gestão sob outra perspectiva. Esteja disposto e aproveite a liberdade de ter um estagiário para chamar de seu.

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Empreendedorismo Geral

SOBRE SER COLABORATIVO NA ADVOCACIA

Ser acessível ao seu cliente, acessível ao seu colega, justo nos acordos e transparente na execução deles. Na verdade, isso sempre esteve em alta!

Não foram poucas as vezes em que no início da minha caminhada alguns colegas tentaram se beneficiar da minha inexperiência ou levar vantagem em acordos, propostas, conversas.

Também não foram poucas as pessoas extremamente éticas e colaborativas as quais encontrei no caminho e nessas eu me inspirei e inspiro.

Ser colaborativo é mais que ajudar o colega de trabalho ou não prejudicá-lo. Ser colaborativo é construir uma rede de apoio interativa entre toda a classe.

Pensando nisso, há pouco mais de um ano e meio atrás, junto com 4 colegas de profissão fundamos o projeto/movimento @advogadasdaserrasc com a finalidade de implementar a cultura COLABORATIVA dentro da nossa profissão.

Te convido a conhecer e mais! Te convido a fazer parte desse movimento, por uma advocacia mais forte, empática e leve.

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Empreendedorismo Geral

A PETIÇÃO TÁ DIFERENTE…

O visual Law é uma área relativamente nova no Brasil, que advém do Legal Design e que tem por fim tornar o direito mais acessível e mais claro.

O visual law pode ser utilizado em petições, contratos, procuração e já vem sendo bem aceito nos Tribunais.

O Design em geral, busca que a experiência do cliente – aquele que está se utilizando do serviço – seja a melhor possível. O Design aplicado ao Direito busca que aquele contrato, por exemplo, seja facilmente entendível entre as partes. Que entre as 10 páginas que possui, saiba se localizar de maneira mais prática, encontrando facilmente o tempo que o contrato dura ou o a forma de pagamento.

Os elementos visuais que compõem o documento fazem o mesmo ser mais claro, tanto para leigos quanto para profissionais do Direito. Isso porque, como todos sabe, o Judiciário está abarrotado. São milhares de processos aguardando apreciação. São petições e recursos enormes, com linguagem rebuscada e situações complexas.

ACELERANDO O JUDICIÁRIO

Qual a chance de se acelerar o judiciário se a petição for 1- mais concisa, 2- mais clara, 3- mais visualmente entendível?!

Não tenho dados sobre, mas com total certeza essas três “atitudes” desafogariam os fóruns por aí, beneficiando a toda uma população por ter seus direitos satisfeitos mais rapidamente.

LEGAL DESIGN OU VISUAL LAW?

Legal Design é baseado no Design Thinking  e é a aplicação de técnicas, ferramentas e metodologias advindos do Design com o fim de resolver problemas. Não necessariamente o Legal Design tem por objeto final uma petição se utilizando de design. Ele pode ser utilizado para solucionar um caso, para atendimento do cliente, procedimento do escritório, etc.

O Visual Law, advindo de aplicação de técnica do Legal design (aplicando a metodologia se chega a conclusão, por exemplo, que fazendo um infográfico para explicar determinada situação na petição, se terá mais sucesso, ou se utilizando de determinadas cores se remeterá mais à situação do caso concreto).

Então, se aplicam esses elementos visuais para melhorar a leitura de determinado caso.

COMO APLICAR O VISUAL LAW NA PRÁTICA?

Olha, eu fiz diversos cursos para aprender a metodologia do visual law, porém, nunca conseguia aplicar na prática. Além de não ter o know-how do design, nunca tinha tempo para parar e “descobrir” comandos no próprio word ou fazer um curso de prática. Então, rompi o “quero muito usar isso na minha petição” e contratei um designer que sabe fazer isso. Sabendo de que forma fazer, você instrui uma pessoa que sabe fazer e faz acontecer. Mas nada impede que isso seja feito pelo próprio advogado. O importante é sair do campo das ideias e partir para a execução.

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Direito de Startups Direito Empresarial Empreendedorismo Geral Propriedade Intelectual Registro de Marca

A importância do Branding

O famoso BRANDING é só para empresas grandes?

Não mesmo! O Branding é para empresas que querem crescer, se tornar conhecidas, ter um forte posicionamento no mercado.

Afinal, o que é branding?

É o conjunto de ações alinhadas ao posicionamento, propósito e valores da marca para despertar sensações e criar conexões.

E porque investir em Branding?

Para se tornar único no mercado consumidor, ser lembrado positivamente, ser autoridade, se diferenciar, passar credibilidade e profissionalismo.

E como fazer essa gestão da minha marca?

Sempre indicamos buscar assessoria de profissionais qualificados em cada área do branding. Isso porque uma marca forte te possibilitará ir muito mais longe.

Quero criar minha marca – nome e logo, quais os passos?

Existem profissionais que fazem todo o estudo do propósito da marca, tipo de serviço, para então criar a paleta de cores, nome e logo. MUITO IMPORTANTE também, neste momento, estar em contato com um profissional de PROPRIEDADE INTELECTUAL, para que faça paralelamente a esse processo de criação a pesquisa prévia da marca no INPI- Instituto Nacional de Propriedade Industrial – autarquia federal e único órgão registrador de marcas no Brasil. Essa pesquisa avaliará as probabilidades para concessão do registre ante marcas semelhantes. E fica a dica de ouro: se você está iniciando o seu negocio, vale a pena mudar de marca tantas vezes quanto necessárias para ter uma marca registrável.

Há tantos desafios ao ter uma marca semelhante a de outra empresa que – acreditem em mim – não vale a pena o desgaste emocional e financeiro. Bora construir uma marca totalmente nova?!

Mas… e se já tenho uma marca?

Faça a busca prévia o quanto antes e verifique as chances de se conseguir o registro. Se a viabilidade de ingressar com o processo de registro for grande não perca tempo! Faça isso com rapidez! O INPI trabalha com precedência. Quem primeiro faz o registro, primeiro tem direito de propriedade da marca.

Mas…e se a minha marca é inviável para registro?

Aí temos duas saídas: Mudar toda a marca antes que exista algum tipo de notificação extrajudicial ou intimação judicial pra que isso aconteça. É um processo de rebranding. Redesenhar toda  a marca de forma estratégica, dando a entender um novo tempo para a empresa, de forma bem pensada.

Ou eu continuo utilizando a marca e fico sempre nessa incognita. Invisto mais na marca? Espero alguém me notificar?

Mas aí eu te digo meu amigo. Não é inteligente esperar acontecer. Você não terá tempo, terá que fazer tudo de forma extremamente rápida, muitas vezes não estará preparado financeiramente pra isso, fora os momentos de tensão vivenciados.

A primeira alternativa sempre é a mais viável financeiramente e emocionalmente.

A marca é o ativo mais importante da sua empresa!